Semana do Meio Ambiente: construção civil pode contribuir com sustentabilidade, afirmam especialistas
Arquiteto e Engenheira relembram as principais mudanças
Por Felipe Godoy - Francisco Advogados
Uma edificação do Bank of América de Nova Iorque, Estados Unidos, um dos mais altos da cidade, utilizou telhados verdes, sistema de captação de água da chuva e concreto composto por 45% de resíduos e 55% de cimento. Além de receber uma certificação internacional de qualidade, a edificação elimina quase 100% da energia dos aparelhos de ar-condicionado dos escritórios. Casos como este são importantes, já que contribuem na redução do consumo de recursos naturais da construção, porquanto, de acordo com o Instituto Worldwatch, todo o setor chega a consumir até 16% da água utilizado no ano em todo o mundo, além de 25% de toda a madeira virgem e ainda 40% de pedras.
Estes números inclusive podem se agravar, devido à quantidade de obras irregulares que ocorrem nas cidades. Apesar desta influência, o setor procura desenvolver iniciativas para amenizar o impacto nas últimas décadas.
Para o arquiteto, urbanista e advogado Juliano da Silva Deolindo, uma obra pode mitigar os impactos no meio ambiente a partir de regras primárias. “Todas as Prefeituras exigem, para os empreendimentos de médio e grande porte, o respectivo licenciamento ambiental. Juntamente com os profissionais responsáveis, o empreendedor deve buscar soluções sustentáveis, que inclusive agregam valor à edificação”, explica o profissional que atua na área de Direito Urbanístico.
Arquitetura sustentável
A proteção do meio ambiente, além de respeitar a legislação vigente, também passa pela economia, bem-estar e saúde para as pessoas, como no prédio do Bank of América. Tendência que evolui na visão da engenheira Patrícia Darolt da Costa, diretora da Associação Catarinense de Engenheira Ambiental. “A destinação correta dos resíduos de qualquer tipo tem aumentado, e na construção civil isso também acontece. Hoje a preocupação vai além da destinação correta dos resíduos, mas sim na não geração de resíduos por meio da busca por obras mais sustentáveis”, afirma.
“Os novos formatos de construção devem contribuir para evitar desperdícios, utilizando materiais e tecnologias sustentáveis que reduzem a quantidade de resíduos. Atualmente há desde a utilização da iluminação/ventilação natural, substituição de lâmpadas de LED, captação de água da chuva, sistemas e produtos que economizam o consumo de recursos naturais, incentivo às energias renováveis, sistemas construtivos que melhor aproveitam os materiais, dentre outras possibilidades”, finaliza Deolindo.
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