sexta-feira, 22 de março de 2013

Diretor da FLASHNEWS profere curso na Associação Empresarial de Araranguá


Já está agendado para os dias 10 e 11 de abril (terça e quarta-feira) um curso a ser ministrado pelo diretor da FLASHNEWS, jornalista Felipe Godoy, na Associação Empresarial de Araranguá (ACIVA). Com o tema "Estruturando a Comunicação" a temática vai envolver situações e estratégias que os empresários podem utilizar para melhorar e ampliar o relacionamento com diferentes públicos.
Em ambos os dias a explanação inicia às 19h. Informações: (48) 3522.0973

segunda-feira, 18 de março de 2013

Jornalista Rodrigo Lóssio fala sobre Assessoria de Imprensa para o Portal Acontecendo Aqui

rodrigo_lossio
O AcontecendoAqui conversou com Rodrigo Lóssio, fundador e sócio-diretor da Dialetto Comunicação Estratégica, que contou um pouco sobre a empresa – em atividade há seis anos. Lóssio falou dos serviços e diferenciais da Dialleto, dos desafios do mercado de assessoria de imprensa, do polo tecnológico de Florianópolis, sua paixão por tecnologia e muito mais. Confira:


AcontecendoAqui – Você é um empresário jovem, que há 6 anos iniciou um empreendimento de sucesso em Florianópolis. Fale sobre sua trajetória acadêmica e profissional.

Rodrigo Lóssio – Antes de entrar no Jornalismo da UFSC, cheguei a cursar um ano e meio de Publicidade e Propaganda na Unisul. Acabei seguindo somente no Jornalismo, pelo ensino público e gratuito, além da notória qualidade do curso na UFSC – estrutura, professores, um dos melhores do país. Durante toda a minha formação, optei por garantir diversas experiências de estágios, além de manter vários trabalhos em paralelo como freelancer. Além de bolsas na própria universidade – na rádio e em um portal de notícias do curso – trabalhei em empresas de clipagem, assessoria de imprensa e inteligência competitiva. Algumas experiências acabaram sendo marcantes e que foram decisivas para minha opção pelo empreendedorismo. A primeira foi a minha dedicação para atender projetos como freelancer – da área gráfica a desenvolvimento de sites, informativos e publicações. Na fase final do curso, trabalhava para uma empresa de tecnologia pela manhã e à tarde para uma incubadora de empresas de softwares da universidade. Foi ali que despertou o empreendedorismo e percebi uma oportunidade de desenvolver um trabalho de comunicação com foco em um dos segmentos mais promissores da cidade – o da tecnologia, tema com o qual, desde adolescente, sempre me identifiquei. De uma conversa com duas colegas, em 2005, surgia meu primeiro empreendimento, aos 22 anos, seis meses antes de me formar na UFSC. Seguimos juntos até março de 2007, quando, em comum acordo, resolvemos dividir os negócios e eu e a Adriane Pereira, colega de curso, criamos a Dialetto Comunicação Estratégica, com foco de mercado bem claro nos segmentos da tecnologia da informação e comunicação, inovação e sustentabilidade. Neste dia 16 de março, completamos 6 anos de nossa fundação, uma carteira de mais de 20 clientes e uma equipe de nove profissionais de jornalismo.

AAqui – A Dialetto hoje é referência no jornalismo focado  na área tecnológica. Isso se deve a você ou também à sua equipe?

R. L. - Eu sou um apaixonado por tecnologia, desde sempre. Ganhei meu primeiro computador aos oito anos e na quarta série já fazia meus trabalhos escolares usando um editor de textos muito comum na época – o Fácil, de uma empresa de Blumenau. Sempre fui fascinado por este universo e acreditava até que poderia um dia seguir profissionalmente nesta área, mas pelo lado da programação. O destino acabou me levando para a comunicação e o jornalismo. Além disso, minhas redes de relacionamento e oportunidades surgiram nesta área. Minha grande motivação hoje é conhecer novas empresas, novas tecnologias, identificar como elas se transformam em negócios prósperos, que mudam a realidade de diversos segmentos, por suas inovações. Tento transmitir isso tudo para minha equipe e já tive e tenho a felicidade de contar com profissionais dedicados e imbuídos do mesmo espírito. O principal desafio do profissional que atua conosco é ir muito além do conhecimento dos bites e circuitos – é entender o negócio que está por trás da tecnologia.

AAqui – Quais os serviços oferecidos pela Dialetto e seus principais diferencais?

R. L. - Nosso principal serviço está ligado a assessoria de imprensa – posicionar nossos clientes e marcas nos veículos regionais, nacionais e especializados, não somente no segmento de tecnologia, mas principalmente de economia e negócios. Além disso, desenvolvemos um trabalho muito focado nas mídias segmentadas dos setores que nossos clientes atuam – da Saúde, ao Agronegócio, Marketing, Gestão Pública, Finanças, Segurança, Logística, entre outros. A decisão de focar no segmento de tecnologia não foi somente por uma questão de mercado e posicionamento da Dialetto – foi também para que os jornalistas nas redações reconhecessem na empresa um parceiro de fontes especializadas, dados e informações, personagens, para suas matérias sobre o setor tecnológico catarinense, assim como pautas em que a tecnologia integra seu contexto.

Mais recentemente, investimos esforços e equipe para um projeto de atuar como provedor de conteúdo digital para empresas de tecnologia, dentro de uma estratégia de marketing digital baseada na geração de leads qualificados para os nossos clientes. Isso tudo alinhado com a nossa grande parceira nesta área, a Resultados Digitais, que possui uma plataforma fundamental para qualquer estratégia consistente de marketing digital B2B. Temos clientes que tem gerado, mensalmente, centenas de leads por meio deste trabalho.


AAqui – Quais os novos desafios do mercado de assessoria de imprensa com o advento do digital?

R. L. - Sempre acompanhei muito o mercado digital e seu crescimento e desdobramentos. Buscamos aliar um trabalho de assessoria de imprensa em mídias tradicionais, mas também privilegiando portais e sites de notícias, tentando entender cada contexto para um melhor aproveitamento editorial das pautas e materiais dos nossos clientes. Em 2009, para complementar nossa atuação especializada no segmento de tecnologia, criei um blog que contribuísse para ampliar a cobertura do setor no Estado – o TI Santa Catarina.

Acredito que precisamos avançar muito ainda nesta integração e isso passa por investir mais em vídeo, em plataformas tecnológicas integradas com as mídias digitais. Usamos há anos o Youtube, por exemplo, para dar mais amplitude a reportagens de emissoras de TV com clientes nossos. Em 2010, com um amigo programador, criamos um sistema para que os clientes pudessem acompanhar nossas inserções e clipagens online, por meio de usuário e senha. Temos um blog que chamamos de Vitrine Dialetto, que expõe nossas principais conquistas para os clientes na imprensa. Nossa fan page e atuação dos nossos profissionais no Facebook tem melhorado a cada dia, não só pelos números, mas também pela qualidade da interação com nossos clientes, o mercado e até mesmo com jornalistas. É rara a semana que não atendemos pedidos de jornalistas pelo Facebook querendo agendar entrevistas ou buscar informações para pautas jornalísticas.

O advento do digital para nós, na Dialetto, é o advento da disponibilidade, de estarmos sempre conectados para atender nosso cliente e à imprensa a qualquer momento, por qualquer plataforma, por qualquer meio.


AAqui – Qual o perfil dos seus clientes e quais cases você destaca desses seis anos de história?

R. L. - Nestes seis anos, os últimos dois foram fantásticos para a Dialetto. Quando começamos a trabalhar no setor de tecnologia, havia ainda desafios e dificuldade no real entendimento do serviço de assessoria de imprensa, do seu retorno como ferramenta de reputação institucional e de mercado, estímulo à credibilidade, de criar referências de fontes. Nossos serviços eram confundidos com a publicidade a medida que muitas vezes a empresa nos contratava na expectativa única e exclusiva de ampliar e aumentar vendas. Com o tempo isso felizmente foi mudando, até pelo nosso próprio trabalho e hoje já há um entendimento claro das vantagens e dos benefícios de um trabalho consistente de assessoria de imprensa em empresas de tecnologia.

Nosso trabalho setorial tem sido um dos nossos grandes trunfos – que vai muito além de entidades e empresas que atendemos. Queremos dar visibilidade para uma Florianópolis e uma Santa Catarina cada vez mais tecnológica. Foi assim, quando em 2007, emplacamos na Exame uma reportagem fantástica que mostrava que, em Florianópolis, pela primeira vez, tecnologia ultrapassava o turismo e a construção civil como principal economia do município, de acordo com dados da Prefeitura.

Temos entre os nossos clientes o IPM e a ACATE, a principal entidade de tecnologia do estado - e grandes empresas do segmento, como Softplan, Nexxera, Teltec. Negócios referências nacionais em suas áreas de atuação, como Arvus, Pixeon, Teclan, Cianet, Seventh, Segware. Uma empresa de investimentos de Joinville, a HFPX. Mais recentemente, o perfil dos nossos clientes sofreu mudanças. Nos últimos dois anos, passamos a ser muito procurados por startups, que depois de receberem investimentos optam pela assessoria de imprensa como a primeira ferramenta de comunicação com o mercado. Temos já vários exemplos como Axado, Flexy, SocialBase e cito como o principal case a Chaordic, aqui de Florianópolis. Quando os conheci, em 2010, eram em cinco pessoas e ocupavam uma sala de pouco mais de 20 m2 em um centro de pesquisa. Acompanhei o desenvolvimento da empresa e iniciamos um trabalho assim que eles receberam um investimento. Em três meses, conseguimos uma reportagem de três páginas na revista Exame, com ampla repercussão, quando fecharam o primeiro grande contrato na oferta de sistemas de recomendação para o comércio eletrônico da Saraiva. Dali, conseguimos espaços em várias outras revistas e jornais nacionais. Ainda são nossos clientes e acabam de se mudar para uma sede espetacular e inspiradora na Lagoa da Conceição, com mais de 50 colaboradores, mas ainda com o mesmo espírito de startup.

AAqui – Você pessoalmente sempre esteve envolvido com ações de networking, relacionamento com o mercado e apoio a muitas iniciativas. Faz parte do seu sucesso?

R. L . - Junto com as pessoas que estão e passaram na Dialetto, é a base que sustenta todo o meu negócio hoje. Sem networking e uma equipe competente por trás certamente não teríamos chegado onde estamos hoje e onde queremos estar daqui a alguns anos. Participo de diversas iniciativas que estimulam redes de relacionamento – minha primeira grande experiência foi com a Confraria Empresarial. Atuei também em entidades setoriais na área de tecnologia. Participo ativamente de eventos nas áreas de tecnologia, marketing digital, empreendedorismo. Acabamos de ser convidados para sermos o parceiro de comunicação da Endeavor em Santa Catarina – entidade global que sempre admirei por sua atuação inspiradora.

Tenho parcerias consistentes com várias empresas e amigos, como é o caso da Glóbulo Marcas de Propósito, em que completamos até hoje vários trabalhos em conjunto. A Relata Editorial é hoje nosso braço no segmento de publicações customizadas e relatórios de sustentabilidade. A Resultados Digitais é nossa grande parceira para nossa atuação no segmento de conteúdo digital, com vários clientes em comum. A Clear Educação e Inovação teve papel fundamental nos últimos anos para capacitação de nossa equipe. Dentro do segmento de tecnologia, temos parcerias estratégicas com outras empresas referências no atendimento a este setor, como a Guimarães e Santiago Sociedade de Advogados e Sinergia Recursos Humanos. Agora em março fechamos uma parceria com a Umpierres Conteúdo Estratégico, do jornalista Fabrício Rodrigues, com grande experiência no mercado editorial e de assessoria de imprensa.

AAqui – Muita gente se refere ao setor tecnológico de Florianópolis como uma espécie de “Vale do Silício”. Você  também é partidário dessa visão?

R. L. - O Vale do Silício deve ser uma grande inspiração para qualquer polo tecnológico. Mas nenhum hoje, no mundo, conseguirá replicar o modelo de empreendedorismo e inovação que aquela da região da Califórnia conseguiu criar. Em 2010 escrevi uma série de posts sobre ete assunto, comparando 14 pontos entre Florianópolis e o Vale do Silício: http://tisc.com.br/editorial/a-receita-para-um-vale-do-silicio-tupiniquim/. Lá, juntamente com a opinião de diversos outros especialistas, chego a esta conclusão. Temos um grande caminho a percorrer que não depende só da nossa cidade, mas também do Estado e do país. Um dos aspectos que pude destacar em uma entrevista que dei em 2009 para a BBC de Londres, em uma reportagem que fizeram por aqui, é que nossas empresas precisam cada vez mais pensar global, transformar suas tecnologias acessíveis em qualquer lugar do planeta. É uma tarefa árdua, sim, ainda mais que o próprio Brasil é um grande mercado consumidor de tecnologia. Mas esta inversão é necessária para termos um dia empresas de classe mundial entre nós.

Fonte: Acontecendo Aqui

segunda-feira, 11 de março de 2013

Satisfação pessoal faz jovens de Santa Catarina abrirem as próprias empresas



Paulo Orione, 20 anos, nunca teve carteira de trabalho assinada nem está procurando emprego. Mas isso não é motivo de preocupação para os pais dele. O estudante de Administração faz parte do exército de 1,5 milhão de brasileiros com idade entre 16 e 24 anos que está no comando da própria empresa. São jovens, em sua maioria representantes da chamada nova classe média, que escolheram arriscar e viraram chefes antes mesmo de serem empregados.

Em Santa Catarina, os setores de tecnologia e prestação de serviços são os que mais atraem os novatos. Uma geração que passou a adolescência ouvindo histórias de Steve Jobs, fundador da Apple, e Mark Zuckerberg, do Facebook, que com boas ideias e muita coragem criaram gigantes e lucrativas empresas. E hoje, entrando no mercado de trabalho, essa geração ainda sonha com isso.

Pesquisa do Instituto Data Popular mostra que além do 1,5 milhão de empreendedores brasileiros que têm idade entre 16 e 24 anos, outros 22 milhões de jovens da mesma faixa etária desejam abrir um negócio próprio. O principal motivo para 46,4% deles é poder fazer o que gosta, revela o estudo. O caso de Paulo Orione é um exemplo típico. Vivendo em Florianópolis há 10 anos, o jovem, natural de Cuiabá, capital de Mato Grosso, chegou a fazer um estágio em uma corretora de seguros por seis meses.

 – Mas era muito chato. Não tem estágio que vá oferecer a mesma experiência que estou vivendo agora, e é um prazer estar trabalhando – compara o jovem empreendedor.

Orione e o amigo de faculdade Gustavo do Valle Pereira, 21 anos, montaram a Decora.do em outubro do ano passado, uma empresa que faz o meio de campo entre clientes que querem renovar o visual de um espaço e decoradores de todo o país.

Hoje, além dos dois sócios, a empresa tem três funcionários e está instalada na incubadora Whapp, em Florianópolis, que ajuda a equipe da Decora.do a resolver os problemas de quem está começando.

Intercâmbio com veteranos

Orione e Pereira seguem estudando mas, além da faculdade, buscam na conversa com outros empresários (jovens e veteranos) um aprendizado complementar que poderá auxiliá-los. O presidente do Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de SC (Cejesc), Marcelo Noronha, diz que essa troca de experiências é muito comum e produtiva. Hoje, o Cejesc reúne cerca de mil jovens em 50 núcleos setoriais e promove, uma vez por mês, visitas técnicas a empresas consolidadas.

O diretor da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Bernardo Castro, vai além e defende que o ideal é ter um sócio mais experiente que faça parte da rotina operacional da nova empresa. Ele reconhece que, em Florianópolis, a presença de jovens no comando das empresas é grande e que o principal fator positivo deste cenário é “a vitalidade e a vontade de fazer acontecer”, demonstrada por essa turma. Mas lembra que empreender é caro e que o índice de fracasso ainda é grande. Por isso, para ele, formar uma sociedade combinando a disposição dos novatos com a experiência dos veteranos parece ser o caminho mais indicado rumo ao sucesso e, mesmo assim, cercado de riscos. 

Falência traz ensinamento

Aos 24 anos, João Selarim está à frente de sua segunda companhia. Ele trabalhou como programador antes de montar uma empresa de software que fechou as portas precocemente. Hoje, é sócio da SmartMob, um escritório de coworking da Capital que aluga espaço físico e equipamentos para profissionais autônomos e pequenas empresas.

Formado em 2008 na graduação em rede de computadores, ele usou todas as economias na primeira empresa. A falência não o desmotivou:

– Faz parte do aprendizado. Queria fazer tudo muito perfeito. Deveria ter focado mais no lado comercial, em vender o produto. Muita gente passa por isso. Mas sou novo e a hora para arriscar é agora.

Para Cristina Bunn, 21 anos, a vontade de abrir uma empresa sempre foi tão forte que ela sequer fez a carteira de trabalho. Junto ao amigo Cláudio Mendes, 20, que conhece desde o ensino médio, ela criou a empresa Grão Digital, que presta serviços de webdesign e marketing digital e, por enquanto, utiliza as instalações da SmartMob.

A Orquestro também é cliente da SmartMob. Trata-se de uma empresa criada por três amigos que ajuda seus clientes a criar projetos digitais e a lançar seus produtos na web. Bruno Bertolini, um dos sócios, tem 24 anos e chegou a trabalhar como desenvolvedor de softwares antes de montar o próprio negócio. Como a empresa não tem estrutura física própria, a largada exigiu mais disposição do que dinheiro.

A melhor dica é planejar

Entre os fatores que estão impulsionando o empreendedorismo entre os jovens, o presidente do Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de SC (Cejesc), Marcelo Noronha, aponta uma geração crescendo com acesso a internet, e a facilidade de crédito para financiar os novos negócios. E este cenário favorável deve continuar nos próximos anos, acredita o gerente de mercado do Sebrae-SC, Spyros Diamantaras. Ou seja, ainda dá tempo para buscar o suporte e as parcerias necessárias para tirar aquela ideia do papel. Mas Diamantaras destaca a importância do planejamento do novo negócio. Ele considera que as universidades estão atentas ao novo cenário e focando também a formação do lado empreendedor dos atuais estudantes. André Sakai, 24 anos, teve a sorte de conviver desde cedo com o comércio. Os pais dele fundaram a loja Maria Sakai, em Florianópolis, empresa da qual hoje é sócio. Formado em Administração, ele começou a trabalhar aos 19 anos e hoje comanda as finanças da loja. 

– Tive oportunidades de assumir muito mais responsabilidades aqui do que teria em qualquer outra empresa que eu trabalhasse. Foi um grande aprendizado na prática. Hoje, tenho muita liberdade para planejar o futuro da loja – avalia André.

Fonte: Diário Catarinense












Paulo Orione, 20 anos, nunca teve carteira de trabalho assinada nem está procurando emprego. Mas isso não é motivo de preocupação para os pais dele. O estudante de Administração faz parte do exército de 1,5 milhão de brasileiros com idade entre 16 e 24 anos que está no comando da própria empresa.

São jovens, em sua maioria representantes da chamada nova classe média, que escolheram arriscar e viraram chefes antes mesmo de serem empregados.

Em Santa Catarina, os setores de tecnologia e prestação de serviços são os que mais atraem os novatos. Uma geração que passou a adolescência ouvindo histórias de Steve Jobs, fundador da Apple, e Mark Zuckerberg, do Facebook, que com boas ideias e muita coragem criaram gigantes e lucrativas empresas. E hoje, entrando no mercado de trabalho, essa geração ainda sonha com isso.

Pesquisa do Instituto Data Popular mostra que além do 1,5 milhão de empreendedores brasileiros que têm idade entre 16 e 24 anos, outros 22 milhões de jovens da mesma faixa etária desejam abrir um negócio próprio. O principal motivo para 46,4% deles é poder fazer o que gosta, revela o estudo.

O caso de Paulo Orione é um exemplo típico. Vivendo em Florianópolis há 10 anos, o jovem, natural de Cuiabá, capital de Mato Grosso, chegou a fazer um estágio em uma corretora de seguros por seis meses.

– Mas era muito chato. Não tem estágio que vá oferecer a mesma experiência que estou vivendo agora, e é um prazer estar trabalhando – compara o jovem empreendedor.

Orione e o amigo de faculdade Gustavo do Valle Pereira, 21 anos, montaram a Decora.do em outubro do ano passado, uma empresa que faz o meio de campo entre clientes que querem renovar o visual de um espaço e decoradores de todo o país.

Hoje, além dos dois sócios, a empresa tem três funcionários e está instalada na incubadora Whapp, em Florianópolis, que ajuda a equipe da Decora.do a resolver os problemas de quem está começando.

Intercâmbio com veteranos

Orione e Pereira seguem estudando mas, além da faculdade, buscam na conversa com outros empresários (jovens e veteranos) um aprendizado complementar que poderá auxiliá-los. O presidente do Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de SC (Cejesc), Marcelo Noronha, diz que essa troca de experiências é muito comum e produtiva. Hoje, o Cejesc reúne cerca de mil jovens em 50 núcleos setoriais e promove, uma vez por mês, visitas técnicas a empresas consolidadas.

O diretor da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Bernardo Castro, vai além e defende que o ideal é ter um sócio mais experiente que faça parte da rotina operacional da nova empresa. Ele reconhece que, em Florianópolis, a presença de jovens no comando das empresas é grande e que o principal fator positivo deste cenário é “a vitalidade e a vontade de fazer acontecer”, demonstrada por essa turma.

Mas lembra que empreender é caro e que o índice de fracasso ainda é grande. Por isso, para ele, formar uma sociedade combinando a disposição dos novatos com a experiência dos veteranos parece ser o caminho mais indicado rumo ao sucesso e, mesmo assim, cercado de riscos. 

Falência traz ensinamento

Aos 24 anos, João Selarim está à frente de sua segunda companhia. Ele trabalhou como programador antes de montar uma empresa de software que fechou as portas precocemente. Hoje, é sócio da SmartMob, um escritório de coworking da Capital que aluga espaço físico e equipamentos para profissionais autônomos e pequenas empresas.

Formado em 2008 na graduação em rede de computadores, ele usou todas as economias na primeira empresa. A falência não o desmotivou:

– Faz parte do aprendizado. Queria fazer tudo muito perfeito. Deveria ter focado mais no lado comercial, em vender o produto. Muita gente passa por isso. Mas sou novo e a hora para arriscar é agora.

Para Cristina Bunn, 21 anos, a vontade de abrir uma empresa sempre foi tão forte que ela sequer fez a carteira de trabalho. Junto ao amigo Cláudio Mendes, 20, que conhece desde o ensino médio, ela criou a empresa Grão Digital, que presta serviços de webdesign e marketing digital e, por enquanto, utiliza as instalações da SmartMob.

A Orquestro também é cliente da SmartMob. Trata-se de uma empresa criada por três amigos que ajuda seus clientes a criar projetos digitais e a lançar seus produtos na web. Bruno Bertolini, um dos sócios, tem 24 anos e chegou a trabalhar como desenvolvedor de softwares antes de montar o próprio negócio. Como a empresa não tem estrutura física própria, a largada exigiu mais disposição do que dinheiro.

A melhor dica é planejar

Entre os fatores que estão impulsionando o empreendedorismo entre os jovens, o presidente do Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de SC (Cejesc), Marcelo Noronha, aponta uma geração crescendo com acesso a internet, e a facilidade de crédito para financiar os novos negócios. E este cenário favorável deve continuar nos próximos anos, acredita o gerente de mercado do Sebrae-SC, Spyros Diamantaras. Ou seja, ainda dá tempo para buscar o suporte e as parcerias necessárias para tirar aquela ideia do papel.

Mas Diamantaras destaca a importância do planejamento do novo negócio. Ele considera que as universidades estão atentas ao novo cenário e focando também a formação do lado empreendedor dos atuais estudantes. André Sakai, 24 anos, teve a sorte de conviver desde cedo com o comércio. Os pais dele fundaram a loja Maria Sakai, em Florianópolis, empresa da qual hoje é sócio. Formado em Administração, ele começou a trabalhar aos 19 anos e hoje comanda as finanças da loja.

– Tive oportunidades de assumir muito mais responsabilidades aqui do que teria em qualquer outra empresa que eu trabalhasse. Foi um grande aprendizado na prática. Hoje, tenho muita liberdade para planejar o futuro da loja – avalia André.
Bruno, Cristina, João e Cláudio (da esquerda para a direita) dividem o mesmo espaço colaborativo.Foto: Jessé Giotti / Agencia RBS

domingo, 10 de março de 2013

Diretor da FLASHNEWS profere webinar em parceria com a Tracto Content Marketing




Convidado pelo diretor da Tracto Content Marketing, Cassio Politi de São Paulo, o criciumense Felipe Godoy, jornalista da FLASHNews Comunicação e do Show do Imóvel, será o primeiro catarinense a ministrar uma webinar para todo o país através da ferramenta virtual do site da empresa paulitsta. A estreia acontece nesta terça-feira, às 10h, quando Godoy estará abordando o tema "5 passos para construir um bom relacionamento com os stakeholders".

A webinar tem duração de 25 a 40 minutos de apresentação objetiva, com o restante do tempo destinado a responder perguntas. As apresentações não têm caráter comercial, de modo que o conteúdo transmite conhecimento na prática, e não propaganda. Inscrições pelo www.tracto.com.br/webinar 

segunda-feira, 4 de março de 2013

Diretor da FLASHNEWS é convidado para integrar diretoria da AJE Cricíuma


O diretor da FLASHNEWS Assessoria de Comunicação, Felipe Godoy, depois de dois anos de atuação frente a alguns projetos da Associação dos Jovens Empreendedores (AJE) de Criciúma, foi convidado para integrar a diretoria da entidade. A partir de 2013, Godoy faz parte da equipe que vai definir o planejamento de ações no transcorrer do ano tais como Mesa-Redonda, Almoço de Negócios, Visitas Técnicas, dentre outros.

FLASHNEWS Assessoria de Comunicação

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