segunda-feira, 18 de março de 2013

Jornalista Rodrigo Lóssio fala sobre Assessoria de Imprensa para o Portal Acontecendo Aqui

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O AcontecendoAqui conversou com Rodrigo Lóssio, fundador e sócio-diretor da Dialetto Comunicação Estratégica, que contou um pouco sobre a empresa – em atividade há seis anos. Lóssio falou dos serviços e diferenciais da Dialleto, dos desafios do mercado de assessoria de imprensa, do polo tecnológico de Florianópolis, sua paixão por tecnologia e muito mais. Confira:


AcontecendoAqui – Você é um empresário jovem, que há 6 anos iniciou um empreendimento de sucesso em Florianópolis. Fale sobre sua trajetória acadêmica e profissional.

Rodrigo Lóssio – Antes de entrar no Jornalismo da UFSC, cheguei a cursar um ano e meio de Publicidade e Propaganda na Unisul. Acabei seguindo somente no Jornalismo, pelo ensino público e gratuito, além da notória qualidade do curso na UFSC – estrutura, professores, um dos melhores do país. Durante toda a minha formação, optei por garantir diversas experiências de estágios, além de manter vários trabalhos em paralelo como freelancer. Além de bolsas na própria universidade – na rádio e em um portal de notícias do curso – trabalhei em empresas de clipagem, assessoria de imprensa e inteligência competitiva. Algumas experiências acabaram sendo marcantes e que foram decisivas para minha opção pelo empreendedorismo. A primeira foi a minha dedicação para atender projetos como freelancer – da área gráfica a desenvolvimento de sites, informativos e publicações. Na fase final do curso, trabalhava para uma empresa de tecnologia pela manhã e à tarde para uma incubadora de empresas de softwares da universidade. Foi ali que despertou o empreendedorismo e percebi uma oportunidade de desenvolver um trabalho de comunicação com foco em um dos segmentos mais promissores da cidade – o da tecnologia, tema com o qual, desde adolescente, sempre me identifiquei. De uma conversa com duas colegas, em 2005, surgia meu primeiro empreendimento, aos 22 anos, seis meses antes de me formar na UFSC. Seguimos juntos até março de 2007, quando, em comum acordo, resolvemos dividir os negócios e eu e a Adriane Pereira, colega de curso, criamos a Dialetto Comunicação Estratégica, com foco de mercado bem claro nos segmentos da tecnologia da informação e comunicação, inovação e sustentabilidade. Neste dia 16 de março, completamos 6 anos de nossa fundação, uma carteira de mais de 20 clientes e uma equipe de nove profissionais de jornalismo.

AAqui – A Dialetto hoje é referência no jornalismo focado  na área tecnológica. Isso se deve a você ou também à sua equipe?

R. L. - Eu sou um apaixonado por tecnologia, desde sempre. Ganhei meu primeiro computador aos oito anos e na quarta série já fazia meus trabalhos escolares usando um editor de textos muito comum na época – o Fácil, de uma empresa de Blumenau. Sempre fui fascinado por este universo e acreditava até que poderia um dia seguir profissionalmente nesta área, mas pelo lado da programação. O destino acabou me levando para a comunicação e o jornalismo. Além disso, minhas redes de relacionamento e oportunidades surgiram nesta área. Minha grande motivação hoje é conhecer novas empresas, novas tecnologias, identificar como elas se transformam em negócios prósperos, que mudam a realidade de diversos segmentos, por suas inovações. Tento transmitir isso tudo para minha equipe e já tive e tenho a felicidade de contar com profissionais dedicados e imbuídos do mesmo espírito. O principal desafio do profissional que atua conosco é ir muito além do conhecimento dos bites e circuitos – é entender o negócio que está por trás da tecnologia.

AAqui – Quais os serviços oferecidos pela Dialetto e seus principais diferencais?

R. L. - Nosso principal serviço está ligado a assessoria de imprensa – posicionar nossos clientes e marcas nos veículos regionais, nacionais e especializados, não somente no segmento de tecnologia, mas principalmente de economia e negócios. Além disso, desenvolvemos um trabalho muito focado nas mídias segmentadas dos setores que nossos clientes atuam – da Saúde, ao Agronegócio, Marketing, Gestão Pública, Finanças, Segurança, Logística, entre outros. A decisão de focar no segmento de tecnologia não foi somente por uma questão de mercado e posicionamento da Dialetto – foi também para que os jornalistas nas redações reconhecessem na empresa um parceiro de fontes especializadas, dados e informações, personagens, para suas matérias sobre o setor tecnológico catarinense, assim como pautas em que a tecnologia integra seu contexto.

Mais recentemente, investimos esforços e equipe para um projeto de atuar como provedor de conteúdo digital para empresas de tecnologia, dentro de uma estratégia de marketing digital baseada na geração de leads qualificados para os nossos clientes. Isso tudo alinhado com a nossa grande parceira nesta área, a Resultados Digitais, que possui uma plataforma fundamental para qualquer estratégia consistente de marketing digital B2B. Temos clientes que tem gerado, mensalmente, centenas de leads por meio deste trabalho.


AAqui – Quais os novos desafios do mercado de assessoria de imprensa com o advento do digital?

R. L. - Sempre acompanhei muito o mercado digital e seu crescimento e desdobramentos. Buscamos aliar um trabalho de assessoria de imprensa em mídias tradicionais, mas também privilegiando portais e sites de notícias, tentando entender cada contexto para um melhor aproveitamento editorial das pautas e materiais dos nossos clientes. Em 2009, para complementar nossa atuação especializada no segmento de tecnologia, criei um blog que contribuísse para ampliar a cobertura do setor no Estado – o TI Santa Catarina.

Acredito que precisamos avançar muito ainda nesta integração e isso passa por investir mais em vídeo, em plataformas tecnológicas integradas com as mídias digitais. Usamos há anos o Youtube, por exemplo, para dar mais amplitude a reportagens de emissoras de TV com clientes nossos. Em 2010, com um amigo programador, criamos um sistema para que os clientes pudessem acompanhar nossas inserções e clipagens online, por meio de usuário e senha. Temos um blog que chamamos de Vitrine Dialetto, que expõe nossas principais conquistas para os clientes na imprensa. Nossa fan page e atuação dos nossos profissionais no Facebook tem melhorado a cada dia, não só pelos números, mas também pela qualidade da interação com nossos clientes, o mercado e até mesmo com jornalistas. É rara a semana que não atendemos pedidos de jornalistas pelo Facebook querendo agendar entrevistas ou buscar informações para pautas jornalísticas.

O advento do digital para nós, na Dialetto, é o advento da disponibilidade, de estarmos sempre conectados para atender nosso cliente e à imprensa a qualquer momento, por qualquer plataforma, por qualquer meio.


AAqui – Qual o perfil dos seus clientes e quais cases você destaca desses seis anos de história?

R. L. - Nestes seis anos, os últimos dois foram fantásticos para a Dialetto. Quando começamos a trabalhar no setor de tecnologia, havia ainda desafios e dificuldade no real entendimento do serviço de assessoria de imprensa, do seu retorno como ferramenta de reputação institucional e de mercado, estímulo à credibilidade, de criar referências de fontes. Nossos serviços eram confundidos com a publicidade a medida que muitas vezes a empresa nos contratava na expectativa única e exclusiva de ampliar e aumentar vendas. Com o tempo isso felizmente foi mudando, até pelo nosso próprio trabalho e hoje já há um entendimento claro das vantagens e dos benefícios de um trabalho consistente de assessoria de imprensa em empresas de tecnologia.

Nosso trabalho setorial tem sido um dos nossos grandes trunfos – que vai muito além de entidades e empresas que atendemos. Queremos dar visibilidade para uma Florianópolis e uma Santa Catarina cada vez mais tecnológica. Foi assim, quando em 2007, emplacamos na Exame uma reportagem fantástica que mostrava que, em Florianópolis, pela primeira vez, tecnologia ultrapassava o turismo e a construção civil como principal economia do município, de acordo com dados da Prefeitura.

Temos entre os nossos clientes o IPM e a ACATE, a principal entidade de tecnologia do estado - e grandes empresas do segmento, como Softplan, Nexxera, Teltec. Negócios referências nacionais em suas áreas de atuação, como Arvus, Pixeon, Teclan, Cianet, Seventh, Segware. Uma empresa de investimentos de Joinville, a HFPX. Mais recentemente, o perfil dos nossos clientes sofreu mudanças. Nos últimos dois anos, passamos a ser muito procurados por startups, que depois de receberem investimentos optam pela assessoria de imprensa como a primeira ferramenta de comunicação com o mercado. Temos já vários exemplos como Axado, Flexy, SocialBase e cito como o principal case a Chaordic, aqui de Florianópolis. Quando os conheci, em 2010, eram em cinco pessoas e ocupavam uma sala de pouco mais de 20 m2 em um centro de pesquisa. Acompanhei o desenvolvimento da empresa e iniciamos um trabalho assim que eles receberam um investimento. Em três meses, conseguimos uma reportagem de três páginas na revista Exame, com ampla repercussão, quando fecharam o primeiro grande contrato na oferta de sistemas de recomendação para o comércio eletrônico da Saraiva. Dali, conseguimos espaços em várias outras revistas e jornais nacionais. Ainda são nossos clientes e acabam de se mudar para uma sede espetacular e inspiradora na Lagoa da Conceição, com mais de 50 colaboradores, mas ainda com o mesmo espírito de startup.

AAqui – Você pessoalmente sempre esteve envolvido com ações de networking, relacionamento com o mercado e apoio a muitas iniciativas. Faz parte do seu sucesso?

R. L . - Junto com as pessoas que estão e passaram na Dialetto, é a base que sustenta todo o meu negócio hoje. Sem networking e uma equipe competente por trás certamente não teríamos chegado onde estamos hoje e onde queremos estar daqui a alguns anos. Participo de diversas iniciativas que estimulam redes de relacionamento – minha primeira grande experiência foi com a Confraria Empresarial. Atuei também em entidades setoriais na área de tecnologia. Participo ativamente de eventos nas áreas de tecnologia, marketing digital, empreendedorismo. Acabamos de ser convidados para sermos o parceiro de comunicação da Endeavor em Santa Catarina – entidade global que sempre admirei por sua atuação inspiradora.

Tenho parcerias consistentes com várias empresas e amigos, como é o caso da Glóbulo Marcas de Propósito, em que completamos até hoje vários trabalhos em conjunto. A Relata Editorial é hoje nosso braço no segmento de publicações customizadas e relatórios de sustentabilidade. A Resultados Digitais é nossa grande parceira para nossa atuação no segmento de conteúdo digital, com vários clientes em comum. A Clear Educação e Inovação teve papel fundamental nos últimos anos para capacitação de nossa equipe. Dentro do segmento de tecnologia, temos parcerias estratégicas com outras empresas referências no atendimento a este setor, como a Guimarães e Santiago Sociedade de Advogados e Sinergia Recursos Humanos. Agora em março fechamos uma parceria com a Umpierres Conteúdo Estratégico, do jornalista Fabrício Rodrigues, com grande experiência no mercado editorial e de assessoria de imprensa.

AAqui – Muita gente se refere ao setor tecnológico de Florianópolis como uma espécie de “Vale do Silício”. Você  também é partidário dessa visão?

R. L. - O Vale do Silício deve ser uma grande inspiração para qualquer polo tecnológico. Mas nenhum hoje, no mundo, conseguirá replicar o modelo de empreendedorismo e inovação que aquela da região da Califórnia conseguiu criar. Em 2010 escrevi uma série de posts sobre ete assunto, comparando 14 pontos entre Florianópolis e o Vale do Silício: http://tisc.com.br/editorial/a-receita-para-um-vale-do-silicio-tupiniquim/. Lá, juntamente com a opinião de diversos outros especialistas, chego a esta conclusão. Temos um grande caminho a percorrer que não depende só da nossa cidade, mas também do Estado e do país. Um dos aspectos que pude destacar em uma entrevista que dei em 2009 para a BBC de Londres, em uma reportagem que fizeram por aqui, é que nossas empresas precisam cada vez mais pensar global, transformar suas tecnologias acessíveis em qualquer lugar do planeta. É uma tarefa árdua, sim, ainda mais que o próprio Brasil é um grande mercado consumidor de tecnologia. Mas esta inversão é necessária para termos um dia empresas de classe mundial entre nós.

Fonte: Acontecendo Aqui

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